terça-feira, 12 de maio de 2009

Movimento Pau-Brasil



Pau Brasil

Quadro ícone do Manifesto e Movimento Pau-Brasil, esta obra evidencia bem o contraste das paisagens rurais e estradas de ferro da emergente São Paulo industrial; mescla profunda entre a herança dos cenários abertos da fazenda e o futuro das cidades modernas.

Nesta grande tela, de composição geometrizada ao máximo mas sem detrimento das figuras, com planos bem definidos e linhas simplificadas; a artista põe a mostra o que aprendera em seu 'serviço militar do cubismo'. Traço constante de sua obra, a presença da busca de uma cor verdadeiramente brasileira ou caipira : rosa e azul claros, ou o verde e amarelo do nosso colorido tropical, a cor é um dos elementos mais valorizados em sua composição.

Movimento Pau-Brasil


Em 1924, depois de uma viagem feita com Oswald às cidades históricas de Minas Gerais, tinham como objetivo mostrar o Brasil ao poeta suíço-francês Blaise Cendrars. Tarsila atirou-se a uma pintura que Sérgio Milliet definiria assim: “Cores ditas caipiras, rosas e azuis, as flores de baú, a estilização geométrica das frutas e plantas tropicais, dos caboclos e negros, da melancolia das cidadezinhas, tudo isso enquadrado na solidez da construção cubista”. É a fase Pau-Brasil registrando cidades, paisagens e tipos comoventemente brasileiros. Participavam Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Mário de Andrade, que "redescobriram o Brasil". Destas viagens saíram obras primas como o "Noturno de Belo Horizonte" de Mário de Andrade, o livro "Pau-Brasil" de Oswald de Andrade, e a série de Tarsila (também chamada de Pintura Pau-Brasil , nas quais ela utiliza as "cores caipiras" e as imagens que reencontrava depois de sua estadia em Paris.


Raquel Muniz - nº 14

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